Atendi uma paciente que acabara de terminar um relacionamento. Estava triste e desolada. Procurou o psiquiatra na esperança de ser medicada e "curada" desse sofrimento.
Não existe remédio milagroso que "cura" a perda de um relacionamento. Dói, dói muito! Mas passa.
Mas o que inspirou-me a fazer essa postagem é debater até que ponto devemos "impor" nossa presença a quem não nos quer mais por perto? Lutar por um amor eu acho extremamente válido. Como dizem, já corri atrás de um suposto grande amor, que hoje vejo que de grande não foi nada (somente no tamanho mesmo, pois ele era muito alto hehehe). Ligar insistentemente, ir nos mesmos lugares, seguir sua rotina, enfim, até que ponto isso é saudável? Torna-se patológico, principalmente quando invade o espaço do outro. Pode por em risco seu trabalho, o dele, suas relações com os amigos e familiares.