A REFLEXÃO NOSSA DE CADA DIA

Muitos pacientes me questionam a respeito do tempo de uma mudança. Hã? Calma, vou explicar... O tempo que se leva para uma pessoa mudar um determinado comportamento ou linha de pensamento. Por exemplo: se você for do tipo "reclamão" ou "reclamona" e fica diariamente enxergando apenas o lado negativo da vida, provavelmente não está feliz, certo? Esse tipo de comportamento não é nada saudável e cabe a você tentar mudá-lo. Mas sabemos que essa mudança não será fácil e, muito menos, ocorrerá de um dia para o outro.

Quando eu coloquei aqui, no título, "a reflexão nossa de cada dia" foi exatamente isso que eu quis reforçar a cada um de vocês, a reflexão diária que devemos fazer para podermos mudar determinado comportamento. Então, vamos mudar o foco para algo melhor e mais produtivo. Seguindo o exemplo acima, se você costuma focar no lado negativo de tudo, precisa agora focar na lado positivo de tudo, mas esse foco deve ser "refletido" todos os dias", pois "naturalmente" você tenderá voltar ao negativo, pois sua mente está condicionada a isso. Não desista da mudança e entenda que levará tempo, provavelmente meses! E daí? Invista em você para ser uma pessoa melhor e desistir para permanecer na negatividade é  fomentar um lado nada agradável seu, correto? Então, deixe de preguiça e mãos à obra! Um dia de cada vez e lembre-se que o tempo será seu melhor aliado!

Estarei sempre aqui para lhe lembrar disso, ok?

E torcendo pelo seu progresso...

Diário da Autoestima :-)

PLANO B

Sabe quando você acorda de manhã e pensa: "putz, não gosto do que faço, não gosto desse emprego..."? Então, muitas pessoas agem dessa forma, ruminam negativamente com algo que esteja incomodando. Mas não é fácil simplesmente mudar de emprego e, principalmente, achar outro que lhe traga prazer e satisfação. Geralmente precisamos trabalhar naquela oportunidade que surgiu, pois as contas não esperam nossos devaneios ou sonhos se realizarem.

Recentemente atendi um paciente que diariamente faz esse "mantra" negativo. Essa repetição de que não gosta do emprego só o deixa mais desanimado e sem energia até para pensar num plano B.

Antes de mais nada, se você se encontra numa situação semelhante, comece fazendo diferente. Em vez de reclamar constantemente do que não gosta, por que não pensar neste emprego como "algo temporário"? Pense que esse emprego atual é apenas um degrau a mais na sua vida e ele vai te sustentar até a realização de seu sonho. Olhe para seu emprego atual com mais simpatia e não com raiva. A raiva vai te corroer por dentro e, fatalmente, o desânimo tomará mais espaço em sua vida e você se sentirá estagnado.

Crie seu plano B, crie suas estratégias, mas não fique parado(a) reclamando sem fazer nada, ok?

Um excelente feriado a todos (cheio de planos "B"s)...

Diário da Autoestima

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... (Fernando Pessoa)

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

O AMOR DEIXA MUITO A DESEJAR (Arnaldo Jabor)

O AMOR DEIXA MUITO A DESEJAR (Arnaldo Jabor)

Fui ver o lindíssimo filme do Pedro Almodóvar, o Fale com Ela (Hable Con Ella), e saí pensando num conto de Carson McCullers, onde um homem conta que, antes de amar de novo uma mulher, ele estava aprendendo a amar as pedras, as árvores, as nuvens…
Nesse grande filme de Almodóvar, vemos amores raros, feitos de entrega, como uma ‘doação ilimitada a uma completa ingratidão’, como escreveu Drummond, aliás, o poeta do amor impossível, que é o único e verdadeiro amor.

A vitória do Lula também foi uma fome de amor político contra a era da técnica racionalista. Seu governo pode virar até um crime passional ou um folhetim melodramático, mas, hoje, é um grande desejo de happy end para todo o povo. Por isso, pergunto: onde anda o amor? Até isso o mercado estragou? Sim. O amor já teve uma magia de inutilidade deliciosa, já foi um desafio ao dia-a-dia que nos tirava da vida comum. Hoje o amor, como tudo, está perdendo a transcendência. Não existe mais o amante definhando de solidão para enfim, após a tempestade, esticar-lhe a espinha; nem pactos de morte, não existe mais o amor nos levando para uma galáxia remota, não existe mais a simbiose que nos transportava a uma eternidade semi-religiosa. O amor tinha uma fome de proteção à pessoa amada. Isso está acabando. O amor já foi analisado por todas as ciências, a psicanálise mapeou as loucuras que estão sob sua poética, o ritmo do tempo atual acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos controle, sabemos porque ‘amamos’, temos medo de nos perder no amor e fracassar no mercado. O amor pode atrapalhar a produção.