Pensamento do dia

“Seja qual for a experiência que venha a você, deixe-a acontecer e depois siga em frente, descartando-a. Vá limpando sua mente o tempo todo. Vá morrendo para o passado, de forma a permanecer no presente, no aqui e no agora, como se tivesse acabado de nascer, como se fosse um bebê"

(OSHO)

Suicídio e depressão

Quem nunca teve vontade de morrer? Veja bem, estou falando em morrer e não em se matar. Quando aquele relacionamento que termina, ou quando estamos desempregados e sem enxergar aquela luzinha no fim do túnel. Quando estamos desanimados com os tombos da vida. Nossa... pra quê viver? Para pagar contas e ainda ter que levar puxões de tapetes dos falsos amigos? Para se decepcionar constantemente com a "mesmice" da vida? Pra que viver?

Bom...
Essas são perguntas bem intrigantes, não? Não sabemos nem por que estamos aqui, vivos. A vida é um mistério. Uma vez uma paciente falou pra mim: "Doutora, não sei por que vivemos, mas deve ser para aprendermos ser pessoas melhores". Concordo! Nem que seja para aprendermos lidar com a simples e, ao mesmo tempo, complexa vida. Mistério.

Desistir não soluciona nossos problemas. Vai que "do outro lado" teremos outra forma de "vida"? Se não sabemos por que estamos aqui vivos, o que dirá sobre a morte? Apenas um fim? Ou um começo (recomeço)? Mas se for entrar por essa linha de pensamento podemos ficar horas e horas debatendo sem nenhuma conclusão.

Infelizmente a idéia de morte passa na cabeça de milhares de pessoas. Algumas vezes é apenas uma vontade de morte daquela situação que nos incomoda. Mas em alguns casos é vontade de desistir de tudo mesmo, seja por que a pessoa encontra-se depressiva ou por impulso, desespero. Mas acontece. Tive um paciente que suicidou-se. Ele era atormentado constantemente por pensamentos obsessivos de morte e por várias vezes tentara, sem sucesso, o suicídio. Até que dia conseguiu. Ele era jovem, mas com um quadro de depressão grave com dependência química. Mesmo sendo internado, ele conseguiu driblar a vigilância da clínica e se matou. Uma triste história. Mas verídica. Quantas pessoas conhecem alguém que se deixou entregar por essa idéia. O suicídio afeta muito mais naqueles que ficam. Naquela mãe que se sentirá impotente, no cônjuge que se culpará eternamente e nas muitas pessoas que tiveram ligação com o suicida. 

Há alguns anos um psiquiatra se matou com um tiro. Estava em seu consultório quando seus pacientes escutaram o barulho do desespero. A repercussão foi ainda maior em seus pacientes, que acreditavam e necessitavam de sua ajuda. Mas ele era quem mais precisava de ajuda. Dizem que os médicos são os piores pacientes, pois demoram a buscar ajuda.

A depressão é uma doença que começa silenciosa, como se fosse algo passageiro. Mas mesmo sendo negligenciada por muitos, a depressão é uma doença que mais mata. O suicídio não precisa ser necessariamente uma tentativa abrupta ou trágica. Pode ser insidioso, como o descuido de si mesmo, a maneira como o indivíduo se comporta no mundo, se arriscando ao volante ou no abuso de drogas. O suicídio pode ser lento, mas tão fatal como um tiro.

Pensar em morrer uma vez ou outra pode acontecer, mas acreditar que a morte é a solução já é doença. Procure ajuda. Entenda que tais pensamentos podem ser sintomas de um transtorno psiquiátrico. Mesmo que sua vida esteja sem sal ou cheia de problemas, não desista. Algo pode ser aprendido. Sua vida com certeza impacta em outras, muitas outras. Às vezes sua mente está apenas querendo te mostrar que é hora de mudar e que a "morte" é, na verdade, a necessidade de mudança de rumo. Já viu alguma vez as cartas de um taro? A carta da morte não significa morte propriamente dita, e sim mudança, fim de um ciclo.

Que cada dia seja um aprendizado e nunca uma desistência.

Mariza Matheus


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