Nós mulheres somos românticas por natureza. Parece que somos criadas a acreditar que existe um príncipe e que só seremos felizes depois do casamento e maternidade. A vida vai muito mais além do que esses dois itens. Podemos casar, mas não encontrarmos a felicidade. Pelo contrário, podemos encontrar um marido ciumento, possessivo, etc. Ou podemos ter filhos, mas eles baterem asas e não serem companheiros. Podemos ter uma casa, mas um vizinho péssimo! Enfim, podemos tudo e nada ao mesmo tempo.
No consultório recebo várias queixas. Mas há uma diferença entre as mulheres e os homens (não são todos, mas nota-se uma diferença). As mulheres chegam com queixas emocionais ligadas principalmente ao casamento. Muitas relatam arrependimentos de suas escolhas precoces. Veja bem, escolhas PRECOCES! Muitas se casaram com o ideal de suas expectativas. Como o potencial de seu marido. Com a idealização que elas mesmas criaram. Não posso generalizar, mas resumindo uma das queixas mais comuns. Há casos e casos.
Atendi um senhorinha muito comunicativa que estava casada há mais de 50 anos. Ela disse que se pudesse voltar à trás ela não teria casado com esse marido. Como assim? Cinquenta anos casada! Então, mas ela não o teria escolhido. Ela ressaltou que essa percepção foi logo no início do casamento, no início mesmo (no primeiro mês). A paciente percebeu certos comportamentos e objetivos de vida de seu marido que não tinham nada a ver com os seus. Ela ressaltou que sua escolha foi baseada no comum, pois as mulheres tem que se casar e ter filhos. Queria ter liberdade, pois seu pai sempre foi muito autoritário. Pouco tempo depois, ela descobriu que seu marido seguia o mesmo padrão de seu pai e que sua liberdade era presente apenas em seus sonhos. Nada mais. Uma frase que me chamou a atenção foi quando ela disse que nunca pensou que se tornaria uma empregada doméstica sem salário e que fazia horas extras todos os dias. É claro que essa foi apenas uma história e que tem muitos casamentos que dão certo. Mas repare que ela se casou pelo medo de ficar só, pela imposição da sociedade e para sair da tirania do pai. Ela não escolheu um companheiro pelas características dele.
Há também o fato de ficarmos carentes. Somos carentes de bons amigos, bons salários, empregos e companheiros também. No desespero, muitas vezes escolhemos com bases em nossos medos e carências e não analisamos se é o que queremos realmente. Fazemo-nos de vítimas, injustiças pela vida e "azaradas"por pegar sempre o mesmo padrão de relacionamento. Ontem colei aqui um texto de Chico Xavier que achei muito interessante (texto).
Você já ouviu aquela frase onde dizem que "a mulher se casa esperando que o homem mude e o homem que a mulher não mude depois do casamento"? E o que acontece? Nós mudamos e eles não! Nós ficamos mais reclamonas, descuidadas e controladoras. Eles continuam com comportamentos de solteiros, adolescentes e imaturos. Não são todos, mas muitos se casam precocemente. Pelo impulso ou carência.
Reveja seus conceitos e analise o que VOCÊ pode fazer diferente. Não fique reclamando a ausência do príncipe de suas idealizações, até por que você não deve ser a princesa das idealizações dele. Se precisar de uma ajuda profissional, busque. Não fique parada(o). Corra atrás de sua felicidade. Esse é o seu papel. Nada de ficar sentada(o) reclamando da vida. A vida passa e a carência aumenta. Carência aumentada, escolhas erradas. Pense nisso.
A vida é feita de escolhas.
Encerrarei essa postagem com uma citação de Chico Xavier:
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
Mariza Matheus
Tenho que ler esta matéria todos os dias!
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