Pensamento do dia

“Seja qual for a experiência que venha a você, deixe-a acontecer e depois siga em frente, descartando-a. Vá limpando sua mente o tempo todo. Vá morrendo para o passado, de forma a permanecer no presente, no aqui e no agora, como se tivesse acabado de nascer, como se fosse um bebê"

(OSHO)

Relações destrutivas

Uma constante em meu consultório é a queixa conjugal. Bom, nenhum casamento é perfeito (com excessão nos comerciais de margarina, que se for pensar, duram apenas 30 segundos). Mas o que seria então uma relação destrutiva? Ficar num relacionamento onde não há mais respeito, admiração, companheirismo, etc, é manter-se num relacionamento destrutivo, pois você vai se destruindo aos poucos. Não faz bem a nenhum dos dois. Mas ressalto que não me refiro a "crises conjugais" e sim a falta de compatibilidade entre um casal.Crises devem ser superadas e trabalhadas. Não podemos ser radicais. Percebo que atualmente muitas pessoas não toleram frustrações e vivem na fantasia de que um casamento tem que ser preenchido somente com felicidade constante. Na primeira briga, pronto, vamos separar! Mas e nas uniões onde as brigas são constantes e nenhum dos dois trabalha para melhorar e encontrar suas falhas?

Tenho uma dificuldade em encaminhar pacientes para terapia de casal. Uma por que falta terapeutas especializados, e outra é a resistência do casal. 

Abaixo colocarei um emal enviado por uma leitora:



Mariza, eu tenho mais facilidade de falar do que escrever, mas vamos lá... Sou casada e tenho um filho e aos poucos fui percebendo meu casamento estava um tédio, sem companheirismo, sem diálogo, sem nenhuma afinidade. E comecei a questionar o relacionamento. Muitas mudanças fizeram minha vida melhorar, iniciei seriamente a terapia, iniciei trabalhos voluntários e tudo o que me fez bem me afastou ainda mais dele. Estou em uma fase maravilhosa da minha vida e com uma crise no casamento. Será passageiro? ou me encontrei me sinto completa ao ponto de não precisar mais de uma presença masculina? Ainda não sei... Estou fazendo tudo com calma mas já cheguei a pensar em separação. Conversei com ele sobre isso e ele apenas me ignorou, pra ele acreditar terei que gritar, esperniar e por ele ser assim tão passivo, me faz refletir ainda mais, será que estou sendo egoísta? Nesse meu momento de descobertas os defeitos dele estão estampados e as qualidades ficaram apagadas ao ponto de me esquecer quais são. Qual será o desfecho dessa história? 

Cara leitora,
A propósito, você escreveu muito bem. Sua história pode ajudar muitas mulheres que passam por situação parecida. Vejo que você está tentando trabalhar para que o melhor aconteça e o fato de fazer terapia, acredito que já é um bom começo. Não haja no impulso e deixar o outro ciente do que está acontecendo é importante. Dialogo é fundamental. Será passageiro? Não posso te responder isso, pois só vocês dois sabem o que realmente acontece. Quando você coloca que talvez não precise de uma presença masculina me faz questionar se é o fato de sentir que não quer mais ficar com ELE, seu marido. Você descreve fatos importantes que justifiquem a falta de afinidade, como se cada um estivesse caminhando em estradas diferentes. Busque o que te faz bem, mas antes de qualquer decisão, tente verificar se essa situação não pode ser resolvida. Caso contrário, se acharem melhor, a separação pode ser o próximo passo. O importante é manter o respeito e preservar os filhos. Escuto muitas histórias onde o casal decide não se separar justificando o fato de terem filhos, mas mantém uma postura de indiferença ou desrespeito que atingem muito mais e causam  impactos negativos.

Uma coisa é certa, precisamos nos respeitar. Ficar numa relação por medo de ficar só, ou por passividade não solucionará sua dor. Converse. Não deixe para depois o que você deve trabalhar agora, pois se você tem um monte de histórias negativas para contar agora, imagine depois de 5 ou 10 anos? Ninguém faz nada conosco se não permitirmos. Pergunte-se se você também não está contribuindo para ficar nessa infelicidade (refiro-me às diversas histórias negativas que escuto). Somos um terreno fértil. Podemos plantar bons frutos ou milhares de ervas daninhas. 

Cabe a você plantar um belo jardim, nem que pra isso precise de um belo jardineiro.

Tenha um dia repleto de "flores".

Mariza Matheus

6 comentários:

  1. Já fiquei casada muito tempo com a pessoa errada. Não é fácil tomar uma decisão como a da separaçao. Mas vejo que foi o melhor pra mim e hoje retormei minha vida, inclusive estou casada de novo, mas como foi dito nenhum relacionamento é perfeito. Mas hoje sei o que quero e tenho respeito na minha relação.
    Bom dia a todos
    Abçs

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  2. Cara Mariza
    Fui noiva um bom tempo de um homem que tinha um filho, no começo era u mar de rosas, depois começou a ficar tudo um "tédio", nem como mulher ele não me queria mais.
    Semanas atrás ele me procurou, jogando a chantagem que a criança sempre pergunta por mim...
    Mas eu não posso recair nessa tentação de voltar com ele.
    A dor da solidão me persegue desde quando terminamos. Mas voltar para daqui uns anos ser o mesmo tédio?
    Não não não...

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  3. A euforia do inicio de uma relação passa, mas como vc disse, já não lhe queria nem como mulher. Cuidado para não confundir rotina com tédio. Mas com certeza deve ter mais questões que fizeram com que se separassem. Siga em frente e deixa o tempo mostrar o melhor caminho. Cuide dessa solidão, pois voltar com alguém apenas para evitar sentir-se sozinha pode fazer vc cair na mesma armadilha.

    Obrigada por participar.

    Abraços

    Mariza

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  4. relacionamnto é complexo, muitas pessoas deveriamentender que a paixão pode até diminuir e tr que ser apimentada para n acabar, porém o amor , esse nk acaba, no meu ponto de vista banalizaram o amor e os relacionamntos, como se so fosse eterno enquanto durasse como disse o poeta,poré, eterno é e etm que ser, se buscar sabedoria. Pois a mulher sábia edifica sua casa a tola a derruba com suas própias mãos.

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  5. Tinha um relacionamento de 4 anos e, apos em apaixonar por outro, abandonei tudo para viver essa paixao. Atualmente, estou a 1 ano e meio com esse homem e vejo que a relaçao mudou completamente. A fase da paixao passou e agora vejo o quanto somos diferentes em nossas personalidades, ele eh nervoso e estressado, muito organizado e detalhista enquanto eu sou tranquila e desligada. Essas caracteristicas causam conflitos constantes e estamos muito desgastados, ele inclusive diz para mim que eu me perdi e nao sou mais quem eu era e que ele acha q eh culpa dele. Nos amamos muito ainda, e quando estamos bem ficamos
    Muito felizes, tentamos conversar e mudar mas a verdade é que nossas essencias sao diferentes e acabamos nos forçando a sermos outras pessoas. Será que é possivel mudar a ponto de um aceitar o outro? Será que o amor é segura uma incopatibilidade de personalidades? Ou será que essa é uma relação destrutiva aonde ambos uma hora vamos nos perder e nos afundar?

    Abs Beth

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    Respostas
    1. Oi Beth!
      Bom, acredito que NAMORO é um período de experiência. Não podemos querer que o outro seja do nosso jeito, mas se percebemos que há incompatibilidade, então vale repensar se é uma relação duradoura. Acredito que OS DOIS tem que investir na relação. Não adianta vc "aceitar" o jeito dele e se anular. Trabalhem juntos, mas se não conseguirem, não deixe esse amor se transformar em ódio. Às vezes temos que tomar decisões difícais, porém maduras. Espero que tudo dê certo! Abraço!

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Abraços

Mariza