Pensamento do dia

“Seja qual for a experiência que venha a você, deixe-a acontecer e depois siga em frente, descartando-a. Vá limpando sua mente o tempo todo. Vá morrendo para o passado, de forma a permanecer no presente, no aqui e no agora, como se tivesse acabado de nascer, como se fosse um bebê"

(OSHO)

Qual espaço ocupamos na vida do outro?


Atendi uma paciente que acabara de terminar um relacionamento. Estava triste e desolada. Procurou o psiquiatra na esperança de ser medicada e "curada" desse sofrimento. 

Não existe remédio milagroso que "cura" a perda de um relacionamento. Dói, dói muito! Mas passa. 

Mas o que inspirou-me a fazer essa postagem é debater até que ponto devemos "impor" nossa presença a quem não nos quer mais por perto? Lutar por um amor eu acho extremamente válido. Como dizem, já corri atrás de um suposto grande amor, que hoje vejo que de grande não foi nada (somente no tamanho mesmo, pois ele era muito alto hehehe). Ligar insistentemente, ir nos mesmos lugares, seguir sua rotina, enfim, até que ponto isso é saudável? Torna-se patológico, principalmente quando invade o espaço do outro. Pode por em risco seu trabalho, o dele, suas relações com os amigos e familiares. 


Tem pessoas que ficam obcecadas quando terminam um relacionamento, principalmente se o término veio da outra parte. É como se perdessem um jogo ou algo de posse. 

Você acha que, caso você ligue para seu ex todos os dias e infinitamente, trará ele de volta ou o deixará com mais raiva de você? Escândalos em frente ao trabalho então... Melhor nem comentar, não é mesmo?

Agora vamos refletir um pouco:
Todos nós buscamos alguém que seja companheiro(a). Mas quando encontramos uma pessoa, rapidamente colocamos nela a responsabilidade de ser esse(a) companheiro(a). Nem esperamos conhecer direito o rapaz (ou moça). Estamos tão ávidos por realizar uma fantasia (sonho) que não percebemos que podemos entrar numa furada. É preciso tempo para conhecer alguém e afinidade para se envolver com esse alguém. Atropelar etapas pode gerar confusão de sentimentos e má interpretação do que o outro sente.

Mas tudo bem. Se não deu certo é por que não era para ser (uma frase sempre dita para consolos). E se não era para ser, por que é que tem que ficar checando o facebook dele(a)? Porque tem que saber se ele está feliz e com quem? Sei que não é fácil se desvincular de uma pessoa. Vixe... sei como isso é difícil e reconheço muitas de minhas burradas. Mas também sei que esse tipo de atitude só aumenta nosso sofrimento. E buscar um psiquiatra para "medicar" essa dor não revolverá.

Muitas vezes precisamos sofrer e enfrentar um processo da perda. Passar pela fase de negação até, enfim, aceitação. Se precisar de ajuda, ok, busque. Mas não tente se "afogar" em medicamentos. 

No início da postagem falei das pessoas que "forçam" sua presença aos ex-namorados. Lembre-se que essas mesmas pessoas podem "sugar" os amigos também. Martelarem os mesmos assuntos e não perceberem que podem adoecer todos à sua volta. Depois não entendem por que muitos amigos se afastam. Não é por maldade e sim por sentirem impotente em ajudá-lo.  Nem sempre percebemos o quanto martelamos a negação de uma perda. Por isso deixo apenas um conselho nesta postagem:

Não reviva sua perda diariamente pois, caso contrário, fomentará o tamanho de sua dor. Deixe sua perda lá esquecidinha no canto e, quanto mesmo perceber, ela será insignificante.

O processo será longo, eu sei. Mas siga firme! 

Acredite, dor de amor passa. Mas dar birra na frente de quem nem te merece vai doer muito mais depois.

Abraços

Mariza Matheus

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Abraços

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