Pensamento do dia

“Seja qual for a experiência que venha a você, deixe-a acontecer e depois siga em frente, descartando-a. Vá limpando sua mente o tempo todo. Vá morrendo para o passado, de forma a permanecer no presente, no aqui e no agora, como se tivesse acabado de nascer, como se fosse um bebê"

(OSHO)

Amor platônico, amor idealizado


Você lembra daquele professor lindo e maravilhoso do primeiro grau? Ou aquele cantor que você colou um poster em seu quarto? A irmã mais velha de seu coleguinha da quarta série? Enfim, todos nós podemos contar alguma "paixonite" de criança. Mas saiba que muitos adolescentes e adultos ainda passam por isso. Um amor idealizado, distante e sem ser correspondido. Um sentimento que abafa o peito, faz o coração acelerar e protagoniza a maioria dos nossos sonhos. 

Dizem que a paixão deixa a pessoa mais bonita. Mas e quando essa paixão é uma fantasia e te impede de viver relações afetivas concretas? Amor platônico não precisa necessariamente ser com alguma pessoa famosa, pode ser com aquele vizinho, colega de trabalho ou alguém que não existe. Como assim com alguém que não existe? Tem pessoas que idealizam um príncipe encantado e, em decorrência disso, não se entregam nas ralações reais. Buscam nas "pessoas comuns"características deste ser fantasiado. 

Esse tipo de vínculo é normal na adolescência, e muitas vezes, não traz repercussões negativas, mas na vida adulta pode até destruir casamentos. É preciso se conscientizar que esse sentimento platônico é idealizado e que o alvo dessa paixão, quase na maioria das vezes, é uma criação sua. Vou dar um exemplo: vamos supor que um homem esteja enfrentando uma crise em seu casamento. Em decorrência disso, ele decide fazer uma terapia. A terapeuta o acolhe e escuta atentamente seus relatos. Com isso, ele passa a compará-la com sua esposa, que nunca o escutou. Inconscientemente, ele se sente à vontade com aquela mulher (terapeuta) e passa a idealizá-la como a única mulher que o entende, que se preocupa com ele. Nesse momento, e sem perceber de sua carência, ele pode acreditar que essa seria sua companheira ideal, pois além de entendê-lo não o diminui, não briga e nem fica de pijamas de flanela e toda descabelada em sua frente. Ela passa ser perfeita. Conforme sua carência e idealização aumentam, ele passa a pensar nela com mais frequencia. Neste momento, acredita que trata-se de um amor verdadeiro, algo que nunca sentiu por outra mulher, pois a "relação" é tranquila e "flui naturalmente". Citei um exemplo dentre tantos outros possíveis de amores platônicos. O que acabei de descrever foi algo que uma colega minha enfrentou há alguns anos. Ela chegou a receber presentes em seu consultório e até um pedido de casamento. Ela não aceitou, obviamente, e o encaminhou para outro colega. Ele ficou arrasado, como se ela tivesse traído esse amor tão puro. Ele fez uma transferência com ela, a idealizou.

Devemos entender que essa paixão platônica costuma aparecer em momentos frágeis de nossas vidas. Nos momentos que nos sentimos mais carentes e solitários. Mas quem vive de fantasia? Há pessoas que ficam obcecadas por esse amor e passam, a todo custo, focar toda sua atenção nesta pessoa. Podem até se tornar incovenientes. Procuram saber o que o outro está fazendo e com quem. Podem até delirar (dependendo do perfil do indivíduo).

Nada em excesso é saudável, nem mesmo o "amor". Neste caso, transforma-se em patológico.

Cuide-se! E lembre-se que o amor é para te deixar tranquilo(a) e feliz.

Abraço

Mariza Matheus




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2 comentários:

  1. O amor platônico pode surgir em momentos de vulnerabilidade. Concordo. Mas nem sempre é assim. Já me apaixonei platonicamente várias vezes (infelizmente), e nas últimas vezes, aconteceu nos momentos em que mais me sentia feliz e dona de mim. Parece até uma "puxada de tapete" do destino, sabe? Um carma...

    Hoje tenho a consciência de que devo procurar um tratamento psicológico, até porque, já passei da fase da adolescência e mesmo assim vivo com esse sentimento de amor fictício, idealizado, dentro de mim. Não sei quantas pessoas passam por isso, se é um número grande ou pequeno, mas quem passa poderá me compreender.

    É um sentimento que dói. Dói no peito e na alma. Você tem a consciência de que está se auto iludindo, você sabe que é tudo fantasia, é imaginação, você reflete sobre aquela pessoa não ser nada do que espera e, mesmo assim, mesmo apesar das certezas conscientes, existe um lado inconsciente que te instiga a cada vez mais pensar no objeto desejado, amado... E a desejar principalmente que ele se apaixone por você assim como você está por ele.

    Não há melhor fantasia do que a de ser correspondido, amado e procurado por esse objeto de amor idealizado. De ser preenchido por ele. Porém, isso não ocorre no mundo real e causa um grande sofrimento. E como frear essas idealizações? Como controlar esse sentimento? Como fazer parar o sofrimento causado? Infelizmente eu não sei... Mas como disse no início... Creio que com terapia resolva.

    Bem, deixo aqui o meu recado...

    Boa sorte a nós, sofredores anônimos!

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    Respostas
    1. Gostei muito que vc compratilhou de sua experiência. Sim, a terapia vai te ajudar muito, principalmente a não cai r mais nessas armadilhas. Espero que vc supere essa fase e encontre um amor real, deixando assim, de ser um(a) "sofredora anônima" (ou sofredor).

      Abraços

      Mariza

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Abraços

Mariza