Um esperto escorpião pediu um favor ao amigável sapo:
- Sr. sapo, por gentileza, me lega para o outro lado do rio?
- O que? Você pensa que sou bobo? Conheço o seu tipo. Vou te ajudar e você vai me agradecer com uma picada. Não! Procure outro trouxa? Respondeu veementemente o sábio sapo.
- Por favor! Você acha mesmo que eu seria louco de te picar e colocar nossas vidas em risco? Esqueceu que eu vou estar montado em seu dorso? Não faria isso. Insistiu o escorpião.
- Realmente tem lógica o que você falou... Ok, vamos.
Os dois atravessaram até a outra margem do rio. Porém antes de saltar para a margem, o escorpião picou o solícito sapo.
Indignado com o corrido exclamou:
- Por que você fez isso? Você disse que não me picaria!
-Desculpe, mas não resisti, pois essa é minha natureza.
Alguma semelhança nessa fábula? Quantos de nós lidamos com psicopatas, disfarçados de ovelhas, diariamente? Essa fábula é conhecida de muitos, e nos leva a grandes reflexões. Inclusive, gostaria de ressaltar o livro "Mentes Perigosas" da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva (essa fábula, conhecida por muitos, é contada no início de seu livro).
Livro de Ana Beatriz Barbosa Silva |
Temos a impressão que o psicopata é aquele personagem de cara fechada, rancoroso e que comete os mais terríveis crimes. Esses, pode acreditar, são a minoria deles. Muitos psicopatas, por que não dizer a maioria, são simpáticos, sedutores, "amigos", solícitos, mas incapazes de entender o que é compaixão, arrependimento ou culpa.
Mas calma! Não vai achando que todo mundo é psicopata, principalmente aquela pessoa que te magoou, ou te deixou frustrada(o)? Felizmente a psicopatia não é comum, mas é de difícil diagnóstico. Reconhecer um psicopata depois de um crime, é simples, mas saber que aquele colega de trabalho que sempre atrapalha sua vida pode ser um sociopata (outra denominação) é muito mais complicado. No livro que citei acima fala sobre os tipos (de leve a grave), como identificá-los ou lidar com eles.
Mas em relação à fábula, o sapo sabia da natureza perversa do escorpião e, mesmo assim, acreditou que ele faria diferente. Muitas vezes nós "estimulamos" a continuidade dos comportamentos egoístas dos psicopatas. Precisamos ser mais firmes com nossas experiências e não esperar que o outro faça o que queremos acreditar. Como assim? Devemos aprender com nossas decepções. Vamos dar um exemplo prático: você trabalha com um colega que puxou seu tapete. Você ficou muito decepcionado e percebeu que não havia nenhum arrependimento por parte dele. Anos mais tarde você trabalha novamente com esse "colega" e, dessa vez, pensa que ele não seria "burro"de aprontar novamente, pois ele deve lembrar que te deixou muito chateado. Mas... ele apronta novamente e, mais um vez, você fica indignado e arrasado. Perceba que, de certa forma, você deu espaço para seu algoz agir novamente. E dessa vez você sabia que poderia acontecer o mesmo tipo de frustração. De quem é a culpa? Às vezes de ninguém, mas com certeza você errou em esperar mudança de um comportamento de alguém que já mostrou não ser confiável.
O que você acha desse tema? Já teve uma experiência com alguém que acredite ser um psicopata?
Um forte abraço sincero.
Mariza Matheus
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