Pensamento do dia

“Seja qual for a experiência que venha a você, deixe-a acontecer e depois siga em frente, descartando-a. Vá limpando sua mente o tempo todo. Vá morrendo para o passado, de forma a permanecer no presente, no aqui e no agora, como se tivesse acabado de nascer, como se fosse um bebê"

(OSHO)

Amores destrutivos

Acabei de ler uma matéria da revista Marie Claire sobre uma mulher que relacionou-se com um mendigo. A mulher já era divorciada, tinha duas filhas, e cursava o ensino superior. Suas filhas moravam com o pai, que na matéria foi justificado por falta de condições de sustentá-las (depois que terminei a ler a matéria eu duvidei desse motivo). Resumindo: ela encontrou um mendigo na rua e logo, digo logo mesmo, relacionou-se com ele. Em pouco tempo já o colocou em sua casa e, como há de se esperar, engravidou do mesmo. Na matéria ela se justifica até como sendo uma sonhadora em acreditar que ali havia uma oportunidade dele mudar. Um ponto que já ressalto é quando a mulher inicia um relacionamento esperando que o outro mude. Parou! Se você faz o mesmo (não precisa ser com um mendigo, mas o mesmo no sentido de relacionar-se com uma pessoa querendo que ela seja outra) já está errada. Relatos aqui e outros ali,  essa mulher reconheceu, às duras penas, que era um homem instável e nada comprometido com ela e muito menos com seu filho (mais uma criança sem estrutura familiar nesse mundo). 

Apesar dessa história trágica, gostaria de ressaltar que muitas vezes a mulher não é vítima das situações que enfrenta. Essa mulher em questão, buscou um relacionamento com um homem que não tinha capacidade de comprometimento nem consigo mesmo. Ele arranjara emprego durante um tempo e logo o abandonava e voltava para as ruas. Era um homem que precisava de ajuda urgentemente e não estava preparado para uma relação saudável ou produtiva.
No final de seu relato, ela comentou que seu primeiro marido também já morou nas ruas por um tempo. Aqui fica nítido um padrão de atração que ela tem: por homens fragilizados e que, de certa forma, iriam precisar dela. Ela, talvez, buscasse ser necessária na vida desses homens ou tinha medo de ser abandonada e buscou alguém que "não a abandonaria", alguém já excluído da sociedade. Ela precisa de acompanhamento psicológico para entender o porquê desse padrão e evitar, no momento, envolvimentos afetivos antes de um amadurecimento emocional.

Apesar dessa história nada típica, há muitas mulheres que buscam no parceiro a fragilidade que sentem por dentro. Uma relação pautada na fragilidade do outro, tem poucas chances de se tornar um relacionamento saudável. Não tenha medo de ficar sozinha por um tempo e descobrir seus padrões destrutivos. Não se relacione com alguém para cobrir um vazio interno, Dê tempo ao tempo e busque ficar bem emocionalmente antes de um envolvimento afetivo. Uma relação destrutiva gera um impacto negativo muito maior do que ficar um tempo sem algum relacionamento. É preciso estar bem para encontrar outra pessoa no mesmo padrão. Quando estamos fragilizadas, tendemos a buscar a fragilidade no outro também.

Um excelente dia a todos,

Mariza Matheus



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Mariza