Muitas pessoas ruminam pensamentos. Ruminam? Ruminar é um termo estranho, diria até que "bovino", mas é muito utilizado na psiquiatria. Segundo o dicionário significa, no sentido figurativo, reflexão demorada, persistente e cuidadosa. Geralmente os ansiosos costumam ruminar preocupações constantes, as quais aumentam sua ansiedade, que aumenta a ruminação e assim vai, como uma bola de neve.
Não é fácil controlar um pensamento obsessivo, principalmente se estiver ligado a algum quadro psiquiátrico, como TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada), TOC (T. Obsessivo Compulsivo), depressão, etc.
Agora quem gostar de ficar constantemente preocupado ou com um pensamento que martela na mente o tempo todo? Só se for masoquista, o que não deve ser seu caso (caso contrário não estaria aqui, neste blog). A preocupação excessiva gera um desconforto mental e físico, pois não é raro o indivíduo sofrer com somatizações em decorrência da constância desses pensamentos. A ruminações pode causar insônia, dores estomacais, diarréias e até enxaquecas.
A mente é um universo onde podemos abrigar infinitos pensamentos. É um terreno fértil, que se plantarmos ervas daninhas, não colheremos bons frutos, pode ter certeza. Pensamos continuamente e agimos conforme pensamos. Se eu fomento, mesmo que inconscientemente, preocupações, vou tomar decisões sempre na eminência de que algo vai me preocupar ainda mais. Acabo me boicotando ou agindo impulsivamente.
Não é raro um ansioso precisar ser medicado. Mas isso não significa que toda ansiedade precisa ser medicada. A ansiedade faz parte do dia a dia, mas em excesso passa a ser doença. Nunca tome "aquele remédinho bom" de seu amigo, pois ele também é ansioso. Cada caso é um caso!
Observe seus pensamentos e entenda que muitas de suas angústias podem ser desencadeadas por eles. A paz mental, se é que posso denominar assim, é fundamental para o indivíduo. Não tenha vergonha de procurar ajuda, se for o caso. É sinal de força saber quando e como procurar ajuda.
Abraços
Mariza Matheus
De fato, é muito importante que se tenha conhecimento e aceite que estes pensamentos (bons ou ruins, de pouca ou grande intensidade...) são determinantes para qualquer decisão a ser tomada no dia a dia. É preciso ter o controle sobre eles, e não deixá-los que eles te controlem. Se isso acontecer começará uma luta diária, você se torna um refém em negociação de sua própria libertação...não é fácil!!
ResponderExcluirObrigado Dra Marisa! Belo trabalho...