Ai que preguiça...
Hummm... Acho que vou ficar em casa hoje... Amanhã eu faço... Só mais uns minutinhos...
Bom, eu posso ficar escrevendo, escrevendo e escrevendo milhares de desculpas que damos a nós mesmos TODOS os dias. Quem nunca teve preguiça levanta a mão! Ninguém? Hum? Foi o que pensei. A preguiça faz parte do ser humano. Mas e quando ela domina nossa rotina? O que pode acarretar nos nossos relacionamentos ou no ambiente de trabalho? Com certeza nada de produtivo. Uma "preguice aguda" é diferente da preguiça propriamente dita. Deixar pra depois, adiar, desistir ou nem tentar.
Temos que enfrentar a preguiça e não deixá-la dominar nossas vontades, ou melhor, falta de vontades. Estamos constantemente adiando algo com o propósito de "facilitar" "outro algo", o nada. Mas a preguiça apenas mascara situações de inércia. Não é fácil combatê-la quando se tem um caso depressivo, por exemplo. Mas refiro-me aqui a outro tipo de preguiça (sem relação com quadros depressivos). A preguiça quase que se torna uma companheira fiel ao paciente melancólico, porém um entrave em qualquer situação. Não se engane, pois deixar o agora para depois apenas arrasta o que tem que ser feito agora! Entendeu?
Uma forma de combatermos a preguiça (caso ela não esteja relacionada com nenhum transtorno psiquiátrico) é enfrentar as situações sem adiamentos. Vou dar um exemplo clássico que ocorre comigo muitas vezes. Sou rainha do "deixar pra depois". Quando tenho que pegar um talão de receituário amarelo na secretaria de saúde, por exemplo, logo penso: "Nossa, ter que ir até lá e não ter vaga para estacionar...", "Vai que o atendente não esteja lá, vou desperdiçar meu tempo", "Mas e se não tiver mais talão? Vou ter que voltar novamente. Que droga!". Eu repito essas frases desestimuladoras com uma freqüência absurda. O que acontece? Deixo para amanhã, depois de amanhã e depois depois amanhã... Mas um belo dia vejo que não tenho nenhuma folhinha do receituário e o paciente está lá, esperando sua receita. Não tem jeito, tenho que ir buscar esse "bendito" talão de receituário controlado. E vou. Resolvo. Sinto-me aliviada. Sinto-me produtiva. Porque não faço isso logo da primeira vez? Porque fico dominada pela preguiça. Erro meu, reconheço.
Essa semana fiz diferente. Fiz uma lista de afazeres (entre eles arrumar as gavetas minha mesa). Joguei muitos papeis inúteis fora. Achei recibos que poderiam ser declarados no imposto de renda do ano passado. Mas organizei tudo e quase terminei minha check list. Fiquei tão animada que até decidi escrever sobre a preguiça. Com certeza me sinto muito melhor, como se eu tivesse dado um grande passo à frente. Cheguei a fazer uma analogia com o Feng Shui, onde a desordem e o adiamento só nos causam estagnação.
Que tal deixar a preguiça de lado e fazer sua check list?
Faltam só dois íntens da minha. Vou arrumar meu armário agora, com licença.
Um fim de noite cheio de energia e SEM preguiça a todos.
Mariza Matheus
Pois é, fiquei um tempão da minha vida me entregando à preguiça e quando fui me dar conta, descobri que estava na verdade - sofrendo de procrastinação. Um horror se livrar disso. Haja planilhas, check lists e anotações... hehehe Mas eu dia eu me curo. Beijo e excelente reflexão.
ResponderExcluirEu sofro disto ...
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